Desde que comecei a planejar a viagem de volta ao mundo, percebi que a maior curiosidade das pessoas é saber como surgiu essa ideia e quais foram minhas motivações.
Enfim, sempre gostei de viajar, ter a chance de ver o mundo com meus próprios olhos, conhecer gente, participar de aventuras, ir de encontro ao desconhecido.
Esse estalo começou talvez na 4ª série, com um professor de geografia. Nas volta das férias, ele sempre trazia fotos de suas viagens. Nunca vou esquecer-me da 1ª vez que vi imagens de Macchu Picchu, fiquei encantado.
Antes sequer de imaginar um ano sabático desses, viajei bastante pelo Brasil, morei na Espanha, fiz um mochilão de um mês pela Europa e uma viagem para a Ilha de Bali, na Indonésia.
Conheci muita gente me hospedando em albergues e também no dia-a-dia, num passeio qualquer, puxando papo com desconhecidos.
Não sei se foram acasos do destino, mas fiz vários amigos bastante viajados, que já haviam entrado de cabeça nessa loucura de viagem de volta ao mundo.
Neste artigo você vai ver:
- Todas as dicas sobre volta ao mundo
- A viagem de volta ao mundo
- Dicas para viajantes
- A decisão de partir
- Meu projeto de volta ao mundo
- O Roteiro
- Como planejar o orçamento da volta ao mundo?
- Quanto custa dar a volta ao mundo?
- O que é preciso para dar a volta ao mundo?
- Lugares imperdíveis e minhas Top 10 atividades
- Dar chances ao imprevisível
- O que a viagem representou pra mim
- Como foi voltar e recomeçar
- Como combater a depressão pós-viagem
- 10 coisas que aprendi durante a volta ao mundo
- É possível ganhar dinheiro viajando pelo mundo?
- Como ganhar dinheiro com viagem?
- Entrevista sobre a volta ao mundo
Todas as dicas sobre volta ao mundo
Como comentei acima, eu sempre ficava fascinado com os relatos do meu professor e queria saber mais sobre algo tão incomum para nós brasileiros. Largar o emprego, família, amigos. Como será o futuro???
No final das contas, para mim eram sempre as pessoas mais interessantes, com uma bagagem incrível e um montão de histórias pra contar. Talvez, por isso, nunca me contentei em ter uma vida comum.
Todos os dias pegar trânsito, ir ao trabalho, voltar pra casa e com sorte frequentar uma academia e ver os amigos. Contava os segundos para a sexta-feira chegar e aproveitar os finais de semana, mas queria mais, muito mais.
Sonhava em ter uma vida incrível e excitante, com dias diferentes uns dos outros. Queria ver gente diferente, encontrar novos desafios e tentar fazer algo que me deixasse plenamente feliz.
Não estou aqui dizendo que o estilo de vida tradicional é certo ou errado, ainda mais sabendo que a grande maioria de meus amigos e família têm empregos comuns, e são sim muito felizes. Contudo, eu nunca me encaixei nesse modelo.
Sabendo disso, decidi tomar atitudes ao invés de esperar as coisas acontecerem. Sempre quis ter a chance de criar meus próprios projetos digitais e ter uma vida que possa chamar de incrível, diferente dos padrões impostos pela sociedade.
Não vejo nada de errado em quem goste de ter sua rotina, trabalhar durante a semana, ir para academia, ver os amigos. Fui feliz por muito tempo vivendo assim.
Mas, percebi que preciso de liberdade para realizar o que realmente quero, conseguir meus objetivos e seguir em frente. O melhor de tudo é que hoje posso dizer que meu maior patrimônio, é meu tempo livre.
E meu período sabático foi essencial para eu perceber tudo isso. Veja o vídeo da minha viagem de volta ao mundo, que fiz apenas com imagens da viagem, um stop motion com mais de 2 mil fotos.
A viagem de volta ao mundo
Os 365 dias de viagem foram incríveis, muito melhor do que poderia imaginar. É impressionante como sempre tem gente disposta a ajudar forasteiros, ainda mais porque gosto de aprender algumas frases básicas e conhecer a cultura local.
Faço questão de visitar não somente o que o turista procura, mas o que os moradores realmente fazem. Comer em restaurantes locais, usar transporte público e o principal, estar sempre aberto às oportunidades, sem nunca julgar ninguém com preconceito.
Adoro conhecer lugares e imaginar que tanta gente passou por ali, milhares de anos atrás. Andando pelas pirâmides e templos do Egito, construções da civilização grega e diversas cidades antigas da Turquia, me senti participando da história da humanidade.
Ver tudo aquilo e conhecer como as pessoas viviam me fizeram entender que o mais importante na vida, não são as coisas que conquistamos. O importante para mim é trilhar um caminho que me traga satisfação. Assim passei a praticar o desapego material.
Nos primeiros seis meses foi muito bom viajar sozinho e estar sempre disposto a conhecer gente. Fiz dezenas de amigos pelo mundo inteiro, me diverti demais. Numa próxima viagem, certamente terei um monte de lugares para visitar e reencontrar essas pessoas.
Com o tempo, acabei me acostumando com aquela tristeza da despedida, intensificada pela quase certeza de nunca mais ver alguém com quem me diverti tanto. Porém, não ter uma companhia de verdade para compartilhar as alegrias e os perrengues, foi certamente minha maior dificuldade na segunda parte da viagem.
Claro que viajar sozinho também tem suas vantagens, mas sinceramente, não pretendo partir sem a minha mulher ou a companhia de amigos, quando tiver a chance de fazer uma 2ª viagem de volta ao mundo.
Importante => Tudo sobre seguro viagem
Dicas para viajantes
Nos 12 meses de estrada, mas também no tempo que se passou até aqui, percebi que não precisamos de muito para viajar. Poderia ter usado a mesma mochila que usaria para uma viagem de algumas semanas, com roupas leves e fáceis de lavar.
Assim, com a mochila mais leve e compacta, é possível levá-la como bagagem de mão no avião, tática muito boa para não pagar peso extra nos voos com empresas de baixo custo, muito populares na Europa.
Aliás, o peso da bagagem é minha principal dica para o conforto da viagem. O ideal é não viajar com muito mais que 10 kg, divididos entre uma mochila média e outra para o dia-a-dia.
Para isso, cada item deve ser comprado após muita pesquisa, desde a própria mochila, até o modelo da câmera fotográfica e computador.
Mesmo que não pretenda fazer um viagem tão longa, leia sobre o planejamento de uma volta ao mundo, pois quase tudo se encaixa para uma viagem de férias ou final de semana.
Além disso, a melhor dica é fazer um roteiro em busca do sol, seguindo os meses de verão. Claro que isso é super indicado se você for igual a mim: amar praia e sol e não ser fã do frio.
A decisão de partir
É um processo complicado decidir abandonar tudo o que conquistamos na vida para tentar realizar algo que não sabemos se é possível. Muitas noites sem dormir pensando se o caminho que estamos seguindo é realmente o que gostaríamos para o futuro.
Ainda mais vivendo no Brasil, com tantas incertezas sobre emprego, aposentadoria e se teremos boas condições financeiras para realizar nossos desejos.
Felizmente consegui transpor essa barreira, mas são tantas outras que aparecem todos os dias que somente muita disciplina e dedicação ao trabalho farão com que colha bons frutos durante essa jornada.
Sei que a realidade da maioria dos brasileiros não permite nem sequer que as pessoas sonhem com isso. Ainda mais sendo uma opção que não faz parte de nossa cultura, como em muitos países da Europa.
Conheci pessoas com histórias de viagens bastante interessantes durante minhas estadas na Espanha e Indonésia, e decidi que traçaria o meu destino da maneira que sempre imaginei que seria perfeito para mim.
Passo a passo => Como usar celular em viagem internacional
Meu projeto de volta ao mundo
A decisão mais difícil foi tomada, ir. Os processos seguintes são de muito trabalho e disposição: planejar meu roteiro de viagem e definir quais são as melhores estratégias para conseguir fazer um projeto que seja ao mesmo tempo motivador e interessante para os olhos da blogosfera.
Pesquisei, pesquiso e pesquisarei muito sobre como transformar um blog em uma ferramenta de trabalho.
Minha real intenção com a viagem, além de ter as melhores dias de minha vida, foi transformar essa experiência pessoal em algo que pudesse também mudar minha carreira profissional.
Queria viajar o mundo para abrir a cabeça, ter novas ideias, trabalhar muito e conseguir abrir portas desenvolvendo novos projetos. Criei assim, o Quero Viajar Mais, assim como outras pessoas que deram a volta ao mundo e contaram em seus blogs.
Viagem de Volta ao Mundo em 365 Posts
O projeto inicial foi escrever 365 artigos sobre os destinos da volta ao mundo, além de dicas de viagem sobre tudo o que aconteceu. Essa foi minha maior motivação para seguir compartilhando fotos e informações.
Não é fácil trabalhar durante a viagem, mas fiz o possível para manter um ritmo constante de atualizações.
Esses são os locais que visitei e tenho artigos aqui no blog. No final tive que excluir os países do leste europeu, pois gastei demais nos primeiros seis meses de viagem e estourei meu orçamento da volta ao mundo.
- Califórnia
- Hawaii
- Fiji
- Nova Zelândia
- Austrália
- Guam
- Filipinas
- Tailândia
- Laos
- Camboja
- África do Sul
- Tanzânia
- Egito
- Grécia
- Turquia
- Alemanha
- Inglaterra
- Irlanda
O Roteiro
Claro que esta é a parte mais legal de todas, mas definir qual passagem de volta ao mundo (Round de World) usar é uma decisão que leva tempo até demais para ser resolvida. Cada uma tem suas particularidades e os destinos são definidos de acordo com os voos das Cias Aéreas parceiras.
Escolhi a Star Alliance, grupo do qual a TAM Linhas Aéreas fazia parte na época. É a maior aliança entre companhias e possui o maior número de alternativas de voos, o que foi essencial para minha decisão, pois consegui fazer um roteiro exatamente de acordo com o que gostaria.
Foram 365 dias de viagem partindo de São Paulo no dia 16/08/11, com primeira parada em Los Angeles. Confira o roteiro completo:
- 16/08/11 a 16/10/11 – Califórnia (Estados Unidos);
- 16/10/11 a 31/10/11 – Havaí (Estados Unidos);
- 31/10/11 a 15/11/11 – Fiji;
- 15/11/11 a 15/12/11 – Nova Zelândia;
- 15/12/11 a 15/02/12 – Austrália;
- 15/02/12 a 21/02/12 – Guam (Estados Unidos);
- 21/02/12 a 10/03/12 – Filipinas;
- 10/03/12 a 27/04/12 – Bangkok (Tailândia) e sudeste asiático;
- 27/04/12 a 11/05/12 – Johanesburgo (África do Sul);
- 11/05/12 a 23/05/12 – Dar El Salaam (Tanzânia);
- 23/05/12 a 03/06/12 – Israel;
- 03/06/12 a 11/06/12 – Cairo (Egito);
- 11/06/12 a 20/06/12 – Atenas (Grécia);
- 20/06/12 a 10/07/12 – Istambul (Turquia);
- 10/07/12 a 16/08/12 – Leste Europeu, Suíça, Alemanha e Inglaterra.
É claro que durante a viagem, tive alterar datas e destinos, mas tudo sem custo porque já é algo incluso na tarifa. Muito esforço e coragem foram necessários para realizar o projeto.
O melhor de tudo é que minha experiência foi algo realmente útil para muitas pessoas que sonham em viajar, que me acompanharam ou consumiram o conteúdo após a viagem.
Aprender mais sobre outras culturas foi o mais enriquecedor para mim, pois acredito que viajar é a melhor escola para nos transformarmos em melhores seres humanos.
Como organizar um roteiro inteligente
O aspecto que provavelmente tomou mais tempo durante meu planejamento, foi definir o roteiro de viagem da volta ao mundo, principalmente devido à infinidade de opções de destinos turísticos que coloquei na cabeça.
Claro, tive que fazer escolhas devido às minhas limitações de dinheiro e tempo, pois decidi viajar durante um ano. Achei que a melhor alternativa seria planejar meu caminho seguindo o verão.
Assim, poderia conhecer praias paradisíacas, viajar com menos preocupações sobre previsão do tempo e, principalmente, conseguir levar menos roupas e organizar a bagagem ideal.
Escolher lugares não isolados no mapa
Independentemente do tipo de passagem, podemos economizar tempo e dinheiro quando exploramos mais lugares numa mesma região. Não faz sentido, por exemplo, comprar um voo caríssimo para a Oceania, se pretende conhecer apenas a costa leste da Austrália. Porque não fazer um roteiro que passou antes pelo Hawaii, Fiji e Nova Zelândia??? Acho que o ideal é fazer isso durante todo o caminho, aproveitando ao máximo cada região.
Ficar mais tempo em cada país
Eu sei que é grande a vontade de conhecer o máximo de países possível e voltar com dezenas de carimbos no passaporte, também foi assim comigo. Porém, acredito que seja mais produtivo explorar muitas opções num mesmo país.
Essa é uma ótima maneira de economizar dinheiro, pois os deslocamentos são menores, além da satisfação de ter conhecido de verdade um determinado país. Eu adoro dizer de peito aberto que passei um mês na Tailândia e tive a chance de entrar de verdade na cultura do país… muito melhor do que conhecer apenas alguns pontos turísticos.
Esqueça a ansiedade
É comum durante o planejamento, ficarmos ansiosos sobre quais destinos escolher e demorar séculos para definir o roteiro. São tantos países que gostaríamos de visitar, que fica quase impossível bater o martelo. Claro que isso não é tão importante para aqueles que decidiram viajar sem um roteiro estabelecido, mas mesmo assim é preciso planejar, principalmente devido aos vistos de turismo.
Esquecer a ansiedade e saber que alguns países que gostaríamos de visitar ficarão fora do roteiro, é a melhor maneira de partir para o próximo passo do planejamento.
Como planejar o orçamento da volta ao mundo?
Desde que comecei a cogitar seriamente a possibilidade de tirar um ano sabático, comecei a pesquisar para saber quanto custa dar a volta ao mundo.
Realmente é uma grana que a grande maioria das pessoas não pode nem pensar em gastar, mas com planejamento e dedicação, é perfeitamente possível correr atrás desse sonho tão maluco e pagar o preço.
A maneira mais comum de planejar uma viagem tão grande, é com a consciência de que irá ficar hospedado em lugares modestos durante a maior parte da viagem, com preferência para hostels.
A menos, claro, que você tenha a sorte de viajar sem preocupar-se com o orçamento. Aí, meu amigo, aproveite tudo o que seu orçamento pode oferecer sem medo…
Se não é o seu caso, vamos voltar a realidade e saiba que está enganado quem pensa que os albergues são acomodações precárias e sem conforto.
Pelo contrário, eles oferecem muito aos turistas, inclusive quartos privativos e diversos serviços como internet grátis, lavanderia, café da manhã, etc. E com um bônus, que é a convivência com viajantes de todas as idades e de vários lugares do mundo.
Como devemos fazer com qualquer hotel, basta escolher bons estabelecimentos para desfrutar dos melhores serviços. Essa regra, inclusive, serve para todos os serviços que utilizaremos durante qualquer tipo de viagem.
Procure sempre boas opções, tendo em mente seu orçamento, e curta a viagem. Tenho certeza que, com planejamento a pergunta “quanto custa dar a volta ao mundo” não terá uma resposta assustadora e sim uma viável e possível.
Quanto custa dar a volta ao mundo?
A resposta para essa pergunta é um pouco relativa, uma vez que depende dos destinos que você escolhe visitar em cada continente, se é alta ou baixa temporada e, é claro, do seu perfil de viajante – este último essencial para definir o estilo de viagem.
Como citei no início do artigo, geralmente, quem faz viagens de volta ao mundo costuma adotar o estilo mochilão, optando por hospedagens mais econômicas, meios de transportes públicos, passeios gratuitos ou mais em conta. Mas isso não é obrigatório, você faz conforme seu orçamento.
Acredito que o segredo para que a sua viagem de volta ao mundo não te deixe totalmente falido é equilibrar sonhos, confortos e necessidades. Por exemplo: sonha em fazer um passeio caro em determinado destino? Então, economize no transporte ou faça sua comida ao invés de comer em restaurantes em todas as refeições.
O ideal é que você planeje bem a sua viagem, pesquise preços, passeios, tenha ideia se aquele destino é caro ou não. Mas, também não se sinta preso ao seu roteiro, você pode muito bem incluir ou tirar cidades e passeios caso sinta vontade. Afinal, é a sua viagem, não é?
Gastos totais de minha volta ao mundo
É claro que cada um tem um estilo e gosta de fazer coisas diferentes durante uma viagem, mas acredito que meus gastos podem ajudar bastante quem está planejando uma volta ao mundo.
Seguem minhas médias diárias por continente (média de gastos aproximados), resumindo quanto custa dar a volta ao mundo. Lembrando que, independente da moeda local, os cálculos estão em dólares americanos.
US Dólares | América | Oceania | Ásia | África | Europa |
Hospedagem | 20,00 | 30,00 | 7,00 | 14,00 | 17,00 |
Alimentação | 10,00 | 17,00 | 14,00 | 15,00 | 18,00 |
Passeios | 30,00 | 60,00 | 10,00 | 32,00 | 26,00 |
Transporte | 15,00 | 20,00 | 9,00 | 22,00 | 18,00 |
Outros | 25,00 | 10,00 | 3,00 | 7,00 | 6,00 |
Total | 100,00 | 137,00 | 43,00 | 90,00 | 85,00 |
Dias de viagem | 90 | 105 | 80 | 30 | 60 |
Dias x Total | 9.000,00 | 14.385,00 | 3.440,00 | 2.700,00 | 5.100,00 |
Total dos gastos da minha viagem = 34.625 dólares ou 62.325 reais (a média do câmbio naquela época foi de 1,80 real)
Passagens Aéreas = 14.000 reais
Total Geral = 76.325 reais + 4.000 reais (que gastei comprando equipamentos como câmeras, Iphone, etc)
O que é preciso para dar a volta ao mundo?
Recomendo que toda viagem que você faça tenha um planejamento, sobretudo quando ela é longa como uma viagem de volta ao mundo. Assim, ficará bem mais fácil ter noção de quanto custa uma viagem de volta ao mundo.
Inclusive, há um artigo sobre dicas de viagem para te ajudar a planejar seu roteiro, seja no Brasil ou no exterior, e outro com dicas de viagem ao exterior que fala sobre as coisas que não se deve fazer fora do Brasil.
E isso, de fato, é uma dica importante: além dos pontos turísticos, restaurantes e passeios, pesquise os costumes para evitar qualquer gafe.
Para te ajudar, vou destacar algumas etapas importantes do planejamento:
- Pesquisa de destinos
- Passagens aéreas e deslocamentos
- Hospedagem
- Alimentação
- Câmbio
- Roteiro
Pesquisa de destinos
Acredito que você, assim como eu, tem uma longa (que parece infinita) lista de destinos que quer conhecer. Mas, de acordo com o seu tempo de viagem, mesmo que seja um ano sabático não será suficiente para zerar a sua lista, por isso é necessário elencar os destinos prioritários.
Separe em cada continente que pretende visitar, os países e cidades que mais tem vontade de conhecer. Veja distâncias, melhor época para visitar de acordo com o clima, documentação necessária, se há alguma restrição para entrada de brasileiros.
Além de sites oficiais e das embaixadas, a melhor maneira de pesquisar sobre seu próximo destino de férias e com outros viajantes tiveram problemas. Por isso, vá para os blogs de viagem.
É comum autores de blogs de viagem, assim como os colunistas aqui do Quero Viajar Mais, colocarem suas experiências negativas sobre cada cidade.
Assim, você já identifica se é viável ou não incluir aquele determinado destino na sua viagem de volta ao mundo.
Além disso, você pode descobrir passeios a fazer, sobretudo aqueles gratuitos. Falando nisso, saiba o que é Free Walking Tour.
Passagens aéreas e deslocamentos
A passagem aérea, seja para apenas um destino em uma viagem nacional ou internacional, costuma pesar no bolso do viajante. Com isso, você já deve pensar: imagina a grana que é uma passagem de volta ao mundo.
Para conseguir uma boa tarifa na passagem de volta ao mundo há diversas maneiras que explico neste artigo como as passagens aéreas do tipo RTW (round the world – volta ao mundo, em português) ou mesmo passagem separada para cada trecho.
Há ainda a possibilidade de utilizar suas milhas aéreas e economizar na viagem. Há vários artigos no blog sobre milhas aéreas que podem te ajudar 😉
Pesquise também sobre os meios de transporte naquelas regiões, se é possível utilizar o transporte público, se locomover a pé ou de bicicleta. E mesmo para chegar no destino: tem trem ou ônibus ou será necessário um transfer?
Hospedagem
Já comentei que viagens de volta ao mundo costumam ser no estilo mochilão. E uma das principais características desse tipo de viagem é a hospedagem econômica, feita em hostels (também chamados de albergues).
Claro que você pode procurar uma pousada ou mesmo um hotel mais em conta, mas vale a pena pesquisar os hostels daquele destino.
Se você vai pela primeira vez em hostel, veja esse artigo com dicas e entenda como funciona esse tipo de hospedagem. E se você não curte dormir em quartos compartilhados, fique tranquilo.
Atualmente diversos hostels possuem quartos privados e também quartos famílias, caso a volta ao mundo seja com marido/mulher e filhos.
Vale ressaltar ainda uma outra modalidade de pagamento de hospedagem, embora talvez não seja uma opção muito viável para uma viagem de volta ao mundo, uma vez que a preferência é que você fique um tempo maior no destino.
Alimentação
Outro item que também pesa no orçamento de viagem é a alimentação. Alguns destinos, sobretudo nas grandes cidades, comer fora pode ser bastante caro. Isso não quer dizer que você não deva experimentar as comidas típicas e viver de fast-food, longe disso.
A dica é, assim como as outras categorias, pesquisar.
Dê uma olhada nas listas, entre nos sites dos restaurantes e veja os cardápios, mas também pegue dicas com o pessoal da hospedagem e os locais, que podem indicar restaurantes pouco frequentados por turistas e com ótimos preços.
Outra opção bacana para economizar é cozinhar. Os hostels geralmente tem uma cozinha compartilhada que todos os hóspedes podem utilizar.
Nelas há todos os utensílios necessários, basta você passar em um mercado e comprar os ingredientes. É ainda uma oportunidade de fazer amigos e experimentar pratos feitos pelos outros hóspedes.
Mas, aqui vai um alerta: se você tem restrições alimentares ou alergias fique de olho nos ingredientes no mercado e restaurante para não ficar doente. E não esqueça do seguro saúde de viagem que é essencial em qualquer viagem e obrigatório em muitos países.
Câmbio
Quando você faz uma viagem de volta ao mundo deve saber que precisará de diversas moedas diferentes, por isso fique atento na hora de fazer o câmbio para não ter prejuízo na cotação e nem receber notas falsas.
Recomendo que você faça câmbio em corretora online e, se precisar em casas oficiais no destinos. Comprar dólar, euro ou outra moeda estrangeira pela internet é seguro e rápido.
As melhores casas de câmbio já oferecem esse serviço, sendo a opção mais rápida e segura para quem deseja se planejar para viajar ao exterior.
Eu uso e indico o Confidence Câmbio, pois ao fazer a pesquisa encontro as melhores tarifas em casas de câmbio em nossa cidade. Você ainda consegue bons descontos usando o cupom “queroviajarmais“.
Lugares imperdíveis e minhas Top 10 atividades
Muita gente entra em contato pelo blog com dúvidas sobre quais países não podem ficar de fora. Isso é difícil, vai muito do gosto de cada um. Particularmente, prefiro praia e calor, por isso inclui em meu roteiro as Ilhas Fiji, Hawaii, Austrália e Tailândia.
Queria conhecer a história das civilizações antigas, então visitei o Egito, Grécia e Turquia. Gosto da sensação que a adrenalina proporciona, resolvi praticar esportes radicais na Nova Zelândia e aventurar-me nos safáris da África do Sul e Tanzânia.
O importante é pesquisar bastante para saber como são as atrações de cada país. Ouvi muito a frase: “nossa, não sabia que era assim”. A pior sensação para um viajante é gastar tanto tempo e dinheiro, chegar a algum lugar e arrepender-se de estar ali.
Escrevi sobre os 7 países mais lindos do mundo, que não devem ficar de fora de sua lista. Talvez possa te ajudar a decidir para onde viajar.
- Liveabord trip em Great Barrier Reef
- Nevis Bungee Jump
- Mergulho com tubarões na África do Sul
- Downhill de bike em Queenstown
- Voo de balão na Capadócia
- Safari na Tanzânia
- Safari na África do Sul
- Nascer do sol no topo do vulcão Haleakala
- Templos de Angkor Wat
- Passeios de barco em El Nido
Liveabord trip em Great Barrier Reef
Praticar mergulho na Austrália é o sonho de todos que já tiveram a chance de conhecer o universo submarino. Great Barrier Reef, é a maior e mais famosa barreira de corais do mundo, um atrativo para quem está viajando pela Austrália.
Ter a chance de mergulhar nesses corais cheios de vida marinha e conhecer vários pontos de mergulho, é para poucos, pois os preços dessas atividades são salgados. Mas é uma das atividades de viagens que recomendo.
Claro que é possível mergulhar nos recifes mais próximos de Cairns durante um dia de mergulho, mas as viagens conhecidas como liveabord, com duração de 2 a 5 dias, são as melhores opções
Nevis Bungee Jump
O Nevis é um dos bungee jumps da Nova Zelândia, que aliás está na lista do mais altos do mundo. A adrenalina do santo é indescritível e, apesar de durar pouco tempo, a sensação certamente permanecerá para sempre.
O local do salto é fenomenal, um vale lindíssimo bem perto de Queenstown. Além da paisagem, a energia do lugar é incrível e, dependendo de suas companhias, poderá ser uma verdadeira festa.
A vibe do lugar é realmente fascinante e é uma das atividades de viagens que precisa de espírito de aventura e coragem.
Mergulho com tubarões na África do Sul
O mergulho com tubarão branco em Cape Town é um dos mais famosos do mundo, pois os tubarões branco são muito frequentes por lá. É uma das atividades de viagens que dá muita adrenalina nos viajantes.
O mergulho é bastante seguro, pois é feito dentro de uma gaiola anexa ao barco, com profissionais que tomam todo o cuidado para a atração continuar sem acidentes.
Caso ocorra, existe um acordo com o governo para acabar com o passeio, que é dos mais procurados na África do Sul.
Downhill de bike em Queenstown
Escolher uma trilha para bike é um desafio para quem gosta de fazer downhill de mountain bike. Além de ser uma das atividades de viagens que precisa de espírito de aventura.
A cidade de Queenstown, na ilha sul da Nova Zelândia, é um dos principais centros para prática de esportes radicais em todo o mundo.
Além de snowboard, bungy jump e paraquedismo, o local é também bastante procurado pelos praticantes de downhill de mountain bike. Na principal montanha da cidade, existe um teleférico que leva até o alto, facilitando a prática do esporte.
Voo de balão na Capadócia
O voo de balão na Capadócia é sem dúvida o passeio mais popular na Turquia, por ser um dos voos mais lindos e exóticos do mundo. E uma das atividades de viagens que mais me encantou.
Não é só o fato de estar num balão, o que é novidade para a grande maioria dos turistas, mas ver o sol nascendo num ambiente tão diferente, passando tão perto das rochas vulcânicas características da região, traz uma paz incrível e agrada até o mais exigente viajante.
Safári na Tanzânia
Fazer um safári na Tanzânia é o principal interesse da maioria dos viajantes que procuram o país para uma viagem de férias. Os parques da Tanzânia estão entre os melhores de toda a África.
Isso devido a diversidade de animais e grande probabilidade de encontrar os Big Five (Leão, búfalo, rinoceronte, leopardo e elefante). Nem preciso dizer que é uma das atividades de viagens imperdíveis.
Outra grande atração é a migração dos gnus (Wild Beasts em inglês), que cruzam o Serengeti National Park em busca de um lugar melhor para se alimentar.
Safári na África do Sul
Fazer um safari durante uma viagem a África do Sul é certamente a prioridade da maioria dos viajantes que visitam este incrível país.
O Kruger Park é o maior e mais famoso parque, indispensável para quem planeja viajar para a África do Sul e quer fazer atividades de viagens dentro da cultural local.
Para mochileiros que viajam com orçamento restrito, o problema são os preços que as agências cobram pelos safáris, a partir de 500 dólares/ pessoa para tours de 3 a 4 dias.
Nascer do sol no topo do vulcão Haleakala
Apesar de muita gente pensar que é programa de índio, ver o nascer do sol do alto de uma montanha é um espetáculo incrível. E uma das atividades de viagens que recomendo muito.
No topo do vulcão de Maui, o sol nasce acima da nuvens, proporcionando uma das paisagens mais incríveis entre as Ilhas do Hawaii.
Templos de Angkor Wat
O Camboja é uma país marcado pelo domínio de diferentes reinos, que construíram os templos em Angkor Wat, grande parte deles entre os séculos IX e XI.
Não imaginava que era tudo tão imenso quando planejei esta entre as minhas atividades de viagens. São 400 km² de área, dezenas de templos e portais que definitivamente valem a visita.
Passeios de barco em El Nido
El Nido, no extremo norte da ilha de Palawan, nas Filipinas, é para mim o lugar mais lindo do mundo e uma das atividades de viagens que adoraria repetir.
Quando estava pesquisando sobre as Filipinas, sabia que a cidade estaria em meu roteiro de viagem. Não pelo lugar em si, mas pelos passeios para conhecer o arquipélago de Barcuit.
É que neste arquipélago é onde ficam as praias e lagoas secretas, cenários incrivelmente alucinantes.ficam as praias e lagoas secretas, cenários incrivelmente alucinantes.
Dar chances ao imprevisível
Viajar e conhecer os cantos mais improváveis do mundo está cada vez mais fácil. Diversos brasileiros já realizaram o sonho de dar a volta ao mundo, o que trouxe muita informação sobre como planejar a viagem.
Isso porque atualmente há muitas dicas compartilhadas nos blogs de viagem. Sair por aí sem saber qual será a programação deixou de ser uma rotina muito arriscada, e que pode ser um dos maiores trunfos para viver momentos inesquecíveis.
Claro que para fazer uma viagem tão longa, passando por diversos países, é preciso planejar sobre os vistos de turismo, saber qual a mochila ideal para viajar e pesquisar se vale a pena comprar uma passagem de volta ao mundo.
Tudo isso faz parte do planejamento prévio para prevenir contratempos durante a viagem. O que não deve ser planejado nos mínimos detalhes é o roteiro detalhado que irá seguir, para dar chances ao imprevisível.
O que não planejei em minha volta ao mundo
Eu saí do Brasil com tudo pronto, sem precisar planejar mais nada: vistos, seguro de saúde e fiz um roteiro para saber os países que iria visitar.
Optei por comprar uma passagem aérea de volta ao mundo, o que me garantiu grande flexibilidade com as datas, uma vez que não são cobradas taxas extras para alterações. A única coisa que não sabia, era como seria o dia de amanhã.
Não comprei nenhum pacote de turismo e fazia reservas em hotéis/albergues para apenas poucos dias, pois não queria ficar preso em lugar nenhum.
Um sentimento foi tomando conta de mim durante a viagem, um misto de medo e ansiedade quando deitava a cabeça no travesseiro e pensava no próximo dia.
Muitas vezes consegui dicas de outros viajantes, outras pesquisava na internet sobre o que fazer em determinado lugar.
É impressionante como o acaso pode trazer para nossas vidas momentos marcantes, totalmente imprevisíveis, que não estariam ali caso estivesse seguido um script pré-estabelecido.
1. O dia em que dormi numa árvore no Hawaii
O lugar era incrível, construído em cima de uma árvore gigantesca, no fundo de um casarão. Provavelmente os proprietários planejaram isso para seus filhos, mas hoje em dia alugam para estudantes e conseguem uma grana extra.
Após dar uma carona, fui convidado para passar a noite por lá, como ainda não havia procurado um hotel, prontamente aceitei.
2. Plâncton luminoso e estrelas cadentes no Camboja
As praias Camboja são muito procuradas por turistas que estão viajando pelo sudeste asiático. Quando decidi viajar para o Camboja, sabia que iria conhecer as principais atrações, como a terrível história do Khmer Rouge e os templos em Angkor Wat, mas não havia incluído praias em meu roteiro de viagem.
Decidi passar alguns dias em Sihanouk Ville e Koh Rong, após ouvir várias recomendações de amigos que fiz durante minha viagem pelo Laos e Tailândia.
3. Viajar de falouka pelo Rio Nilo
Navegar pelo Rio Nilo é uma experiência que não pode faltar durante uma viagem pelo Egito. O Nilo, é um dos maiores rios do mundo e rota importante desde o império romano, imperdível para quem gosta de conhecer e vivenciar a história do país.
Uma maneira de fugir do comum e ainda conhecer a cultura do Egito, é velejar em uma falouka, barco a vela tradicional do Egito.
O que a viagem representou pra mim
A viagem representou a realização do sonho de viajar e viver sem saber como seria o dia de amanhã, estar preparado somente para o imprevisto.
Não foi somente pela viagem em si, mas pela chance de tentar realizar algo, pessoal e profissionalmente, que me trouxesse satisfação. Ter o reconhecimento de outras pessoas, não pelo sucesso, mas pela certeza de que fiz algo que incentivou conquistas como a minha.
Claro que adorei conhecer novos lugares, amigos e culturas. Tudo isso é verdade sim, mas o que mais me fascinou foi poder viver um dia diferente do outro, ter histórias pra contar e a chance de aprender sobre a vida, evoluir como ser humano.
Mais do que tudo, hoje posso dizer que me orgulho muito do que conquistei e produzi. Transformar tudo isso em retorno financeiro depende de muita sorte, paciência e dedicação, mas sinceramente o que passa por minha cabeça hoje é que fiz exatamente o que tive vontade de fazer. Isso me basta!!!
Como foi voltar e recomeçar
Nada fácil, ainda mais porque gastei quase todas as minhas economias. Ter que ralar para ganhar dinheiro novamente, criar uma rotina, se acostumar a não viver novas experiências todos os dias. Foi uma luta diária para voltar a gostar de fazer as coisas que fazia antes.
Mesmo com as dificuldades retomei a rotina, que nem sempre é um conceito pejorativo. Descobri que é essencial para mim fazer exercícios regularmente, conviver com as pessoas que mais gosto e trabalhar, me sentir produtivo.
Além disso, aprendi algo que nunca mais deixarei de seguir: “o melhor lugar do mundo, é aquele em que estamos nesse exato momento”. Aprendi também, que ainda mais importante que recomeçar, é criar algo que não esteja fadado ao fim.
O blog, que começou como uma ferramenta para contar e documentar minha história, depois de muito trabalho e persistência, se tornou profissão. A internet foi a melhor, talvez única ferramenta existente, que transformou meu sonho em realidade.
Como combater a depressão pós-viagem
Sonhar grande e começar a guardar grana no porquinho, isso é o principal. Imaginei que minha necessidade de viajar cessaria por um tempo, o que não aconteceu. Agora quero viajar diferente, ainda mais devagar, mas quanto mais viajo, mais atiço minha vontade de viajar.
Acabei descobrindo maneiras de atenuar os efeitos colaterais que ficar em casa causaram em mim e comecei a explorar minha própria cidade como faria um turista, isso ajudou muito.
Outras dicas são: utilizar o Couchsurfing para receber turistas, ler livros de viagem, acompanhar blogs de turismo, manter contato com os amigos da estrada e conhecer hostels na sua cidade, pois promovem festas e sempre há a chance de conhecer gringos e praticar inglês.
Mas não se engane, pois apesar de todas essas táticas, a única maneira de combater a depressão pós-viagem é planejando um estilo de vida que te permita viajar mais.
10 coisas que aprendi durante a volta ao mundo
Já li e ouvi um montão de frases sobre os benefícios que uma viagem podem trazer para nossas vidas: “Viajar é a única forma de gastar dinheiro que te deixa mais rico.”, Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.”, “Viajar é mudar o cenário da solidão.” e por aí vai.
Só não sabia que essa tal de volta ao mundo poderia mudar tanto minha vida. Hoje sou referência entre meus amigos e fica até difícil falar de outras coisas. Todos querem saber sobre minhas experiências, perrengues ou alguma foto que postei nas redes sociais. Mais do que isso, virei um guia de viagem personalizado.
Não estou reclamando, falar sobre minhas viagens é mais que um prazer. Porém, apesar dessa mudança de rotina, a maior diferença está dentro de mim, em meus pensamentos e na maneira como hoje encaro a vida. Deixei o consumismo de lado, estou mais aberto ao novo e tenho uma percepção diferente do tempo.
- Gentileza gera gentileza: Esse deveria ser o lema de qualquer viajante. Seja gentil sempre, principalmente com as pessoas que estão prestando serviços a você. Certa vez no Camboja, comecei a puxar papo com a atendente do albergue, tentando conseguir algumas dicas sobre o que fazer na noite seguinte. Ela disse que também trabalhava num bar perto dali, que aliás era incrível. O melhor foi conseguir drinks grátis a noite toda!!!
- Menos é mais: Esqueça o excesso de roupas e peso extra, pois quanto menos peso carregar, mais fácil será sua vida. Apesar de não ter praticado durante toda a volta ao mundo, recomendo viajar apenas com uma mala de mão, daquelas que é permitido levar dentro do avião (geralmente 115 cm, somando altura, largura e comprimento). SIM, É POSSÍVEL!!! Você irá agradecer todas as vezes que precisar subir 3 lances de escada num albergue, entrar e sair mais rápido dos aeroportos.
- A amizade é tudo: Esteja sempre de braços abertos e seja o melhor amigo mesmo de uma pessoa que conviverá apenas por um dia. Meu interesse sempre foi visitar lugares fantásticos, provar novos sabores e conhecer mais sobre a cultura local. Tudo isso é mais intenso, com o prazer de uma nova-velha-boa-amizade.
- Ter paciência: Sou de São Paulo, uma cidade onde o tempo é escasso, tudo anda muito rápido e nem mesmo durante nossos momentos de lazer aceitamos que algo possa demorar. Queremos chegar antes e ser o primeiro a sentar. Mesmo num fim de semana na praia, reclamamos do serviço da pizzaria, do mercadinho ou do bar. O fato é que não controlamos o tempo e o ritmo das pessoas que vivem fora de grandes metrópoles é outro. Aprendi a ser mais paciente e tentar controlar apenas o que realmente cabe a mim.
- Percepção do tempo: É incrível como os 12 meses que passei viajando hoje parecem uma eternidade. Foram tantos dias diferentes uns dos outros, que a percepção que tenho do tempo é totalmente diferente de um ano normal. Em agosto fará 01 ano que voltei ao Brasil, mas o tempo passou com o estalar dos dedos. Hoje sei valorizar mais meu tempo livre e irei trabalhar para garantir que num futuro próximo possa fazer por mais tempo o que realmente me dá prazer na vida.
- O importante é agora: Quem nunca viajou de carro com aquela pressa de chegar. Não é por menos, pois muito tempo na estrada cansa o corpo e a mente. Mas eu passei por tantos traslados durante minhas viagens, que a partir de um momento comecei a pensar: “porque não curtir o agora?“. Passei a dar mais valor àquelas conversas entre um destino e outro, às paisagens e principalmente à inspiração que sinto com essa mudança de cidade/estado/país…adoro escrever durante esses momentos. Viver o agora para mim é importante não somente durante uma viagem, mas também quando estou com aquele amigo que não vejo tanto. Não é fácil praticar, mas desapeguei daquela popular mania de deixar tudo pra depois.
- Viajar é bom pra alma: Já fiz centenas de viagens e desde que comecei a trabalhar, juntava uma graninha para curtir os finais de semana na praia e fazer uma viagem mais top durante o feriadão. Mas não é dessas viagens que estou falando. Valorizo mesmo quando posso desligar completamente do mundo, passar 1 mês viajando pelas praias do nordeste brasileiro ou ver o choque de culturas num roteiro entre Camboja, Laos e Tailândia. Vi tantas coisas diferentes pelo mundo afora, conheci a história de povos que sofreram com períodos de guerra, ditadura e sofrimento, que aprendi a valorizar cada vez mais minha história de vida. Hoje penso duas vezes antes de reclamar de barriga cheia.
- Nunca diga nunca: É batido dizer isso, mas é a mais pura verdade. Ouço um monte de gente dizer: “nunca teria coragem para viajar sozinho”, “nunca terei tempo”, “nunca vou conseguir juntar dinheiro”. Para mim é tudo bla bla bla. Afinal, com diria Lao-Tsé, famoso filósofo chinês, “Uma longa viagem começa com um único passo“. Ou seja, comece a planejar que um dia poderá realizar seu sonho, seja ele viajar o mundo, abrir uma empresa ou qualquer coisa que pareça inatingível.
- Eu adoro o acaso: Sabe quando encontramos uma pessoa que conhece aquele seu amigo de infância, ou então alguém que gosta daquela banda que você achou que ninguém mais conhecia? Pois é, isso acontece também durante uma volta ao mundo e transforma o momento em algo ainda mais especial. Claro, encontrei muita gente de férias e outros viajantes, que assim como eu, também estavam passando por um período sabático. Isso por si já transforma os encontros em incríveis conexões. Ter um laço ainda mais forte com determinada pessoa, como um despretensioso acaso do destino, é algo sempre marcante.
- Ter um plano B: Não é preciso sempre ter uma carta na manga pronta para ser usada, mas na vida sempre estamos sujeitos a imprevistos. Ter jogo de cintura para lidar com certas situações, me livraram de alguns perrengues. Por exemplo, pesquisar a rota do taxi numa cidade desconhecida, pode te livrar de uma discussão com o taxista. Eu quase sempre carrego o mapa do trajeto em meu smartphone.
É possível ganhar dinheiro viajando pelo mundo?
Sim, é possível e muito viável para grande parte das profissões e empregos, sobretudo aqueles ligados a comunicação e tecnologia e que tem como ferramenta principal a internet.
No geral, quem busca esse estilo de vida, de não ter endereço fixo, são aquelas pessoas que nunca se adaptaram ao método de trabalho engessado vigente, e por isso têm buscado alternativas para encontrarem flexibilidade no trabalho.
E, assim, conquistar mais tempo para fazer o que de fato as deixam felizes, seja viajar, ficar com a família, praticar esportes, etc. Esse novo estilo de vida, que é o trabalho de empreender na internet, tem sido chamado de nomadismo digital!
Como ganhar dinheiro com viagem?
As pessoas tendem a pensar que é preciso juntar muito dinheiro para viajar. Claro que não dá para sair pelo mundo sem nenhum centavo no bolso, mas não é preciso juntar uma fortuna.
O que muita gente esquece, ou não sabe, é que existem várias opções de empregos que permitem viajar e trabalhar ao mesmo tempo, e não falo de ser transferido para a filial da empresa no exterior, mas sim de fazer o mesmo trabalho estando cada hora em um lugar diferente do mundo.
Esse modelo é ideal para quem deseja estar sempre com o pé na estrada, principalmente agora, com a internet. Você pode se dedicar a profissões que viajam muito, e aproveitar as viagens a trabalho para conhecer novos lugares: comissário de bordo, piloto de avião, guia de turismo, serviço humanitário, diplomata, comércio exterior, jornalista, fotógrafo e tantos outros.
Ou optar por profissões que possibilitem trabalho home office, e assim não precisar bater ponto em escritório e pode escolher o lugar de onde quer trabalhar, esse é o perfil dos nômades digitais. Uma outra alternativa é abrir um negócio virtual, que possibilita ser gerido de qualquer lugar do mundo.
Há ainda inúmeras formas de trabalhar nos países que vai visitar, como em hostels, dando aulas, etc. Antes de conquistar minha liberdade financeira trabalhando online, pesquisei muito sobre como juntar dinheiro para viajar, e acabei descobrindo alguns trabalhos que viajam muito.
Listei as principais alternativas para viajar pelo mundo trabalhando, confira e comece a planejar sua viagem:
1. Produção de conteúdo na internet
Trabalhar com internet é uma das formas mais comuns de conseguir viajar pelo mundo trabalhando. Atualmente, existem diferentes alternativas de ganhar dinheiro na internet, mas apesar de parecer fácil, requer muito suor e dedicação.
Uma das maneiras que está na moda, é através de um blog que pode ser de viagens ou outro nicho qualquer, para gerar renda através de anúncios, vendas de info-produtos e recomendação de produtos como afiliado.
Também é possível trabalhar produzindo conteúdo para outros blogs e sites, gestão de redes sociais, programação, entre várias outras possibilidades. Existem agências de marketing digital que se especializaram nisso, muitas delas sem endereço fixo.
O melhor é que para quem deseja ter o estilo de vida dos nômades digitais, o negócio poderá ser gerido de qualquer lugar do mundo que tenha boa conexão de internet
2. Criar um negócio virtual
Se você não tem noção de como empreender na internet, provavelmente deve pensar que criar um negócio online se limita ao universo das lojas virtuais. É um modelo incrível, eu mesmo já tive algumas, afinal não é necessário investimento muito alto, assim como tem baixos custos de manutenção, se comparados a uma loja física.
Porém, exige ter estoque, fornecedores e todo o processo relacionado à entrega do produtos – são muitas etapas e nem todas dependem apenas do seu trabalho. Ainda assim, existem modelos de drop-shipping, onde a entrega é feita diretamente pelo fabricante, que geralmente está localizado fora do Brasil.
Mas, criar um negócio virtual vai muito além disso. Vivo esse mundo e já vi todo tipo de profissional que migrou para essa área. Em resumo, são pessoas que possuem bastante conhecimento em seus mercados, e compartilham essas informações através de cursos online.
São vídeos, hangouts ao vivo e uma série de formatos disponíveis para ajudar outras pessoas que necessitam daquele conteúdo. Há inclusive plataformas especializadas em venda de cursos online tendo opção de todos os assuntos que você pode imaginar, atingindo os mais diversos públicos.
3. Ensinar português ou outro idioma
Outra maneira de ganhar dinheiro viajando é dando aulas de português, ou de qualquer outro idioma que você tenha domínio. Você pode procurar escolas de idiomas no país que vai morar e ensinar para brasileiros ou estrangeiros que estiverem naquele destino.
Ou ainda pesquisar sobre o programa work and travel para trabalhar nos Estados Unidos, ou até mesmo países que permitem aos turistas e estudantes uma carga de trabalho mensal. Austrália e Nova Zelândia são alguns exemplos em que o viajante pode trabalhar.
Dar aulas particulares ou até mesmo pela internet, são ainda mais viáveis, através de plataformas como a Preply (clique no link para ganhar 70% de desconto na primeira aula). Assim você pode ter alunos de qualquer lugar do mundo ou mesmo só focar nos brasileiros sem a necessidade de estar no local, somente online.
4. Ser tradutor e/ou intérprete
Se você fala mais de um idioma e está pesquisando sobre como viver viajando pelo mundo, outro trabalho possível é atuar como tradutor e/ou intérprete. Que tal ajudar um guia de turismo local com a tradução?
Ou mesmo pegar trabalhos freelancer de tradução de artigos e livros. Existem diversas plataformas para conseguir os famosos freelas, como 99 Freelas e tantas outros. Para quem é bem qualificado, este tipo de trabalho pode render um bom dinheiro em suas viagens.
5. Trabalhar em cruzeiro
Um dos empregos para viajar pelo mundo mais buscados por quem está começando a carreira são as vagas para trabalhar em cruzeiro marítimo. As ocupações mais comuns são na cozinha, recepção, spa, bar e limpeza.
Apesar de geralmente a rotina de trabalho ser bem pesada, os funcionários sempre têm dias de folga enquanto o navio estiver atracado, e sempre em diferentes lugares do mundo. Vale a pena pegar rotas diferentes e conhecer os mais diversos destinos de cruzeiro.
6. Trabalhar em hostel ou hotéis
Outra opção é trabalhar em hostel ou hotéis. Estes estabelecimentos sempre precisam de pessoas, sobretudo em alta temporada e é muito comum nos hostels você encontrar estrangeiros trabalhando, mesmo nos localizados no Brasil.
Pesquise sobre economia compartilhada para aprender sobre turismo colaborativo, que é se hospedar de graça, na verdade, não de graça, mas em troca de trabalho. Inclusive, indico alguns sites que possibilitam a troca de serviços na propriedade, por hospedagem.
A Workaway e a Worldpackers são algumas das plataformas que conectam viajantes com quem possui as vagas de trabalho e moradia. Porém, é possível encontrar também ofertas em que há ajuda financeira, não apenas a troca equivalente de trabalho por hospedagem.
7. Fotografar destinos pelo mundo
Você fotografa bem? Então, aproveite sua viagem para fazer belas fotos e depois comercializá-las para sites de banco de imagens, blogs e revistas de viagens. Apesar de não ser fácil, é uma ótima forma de gerar renda através de sua viagem. Eu mesmo já vendi diversas fotos.
Além disso, foram as imagens postadas nas redes sociais que me ajudaram a ter mais visibilidade, e consequentemente, mais parceiros e anunciantes. O Instagram também possibilitou que alguns viajantes começassem a ganhar dinheiro pela internet, uma vez que eles passaram a chamar atenção de parceiros.
O chamado instagrammer profissional, trabalha divulgando destinos turísticos para sua legião de fãs. Eu não tenho a maior conta de viagens do Brasil, talvez esteja entre os top 10, mas já participei de algumas campanhas de temas variados. Você acorda com a empresa a quantidade de publicações e o tipo de conteúdo/produto que irá divulgar.
Entrevista sobre a volta ao mundo
Ter a chance de participar de programas como esse e contar minha história (veja outras entrevistas e participações na mídia), me deixa com cada vez mais orgulho do que criei até aqui.
O blog surgiu como ferramenta para documentar a viagem, publicar fotos e pensamentos. Falando sério, hoje em dia é muito mais do que poderia imaginar, é parte da minha vida, é parte de mim…não tinha ideia de como transformaria tudo ao meu redor.
Com o tempo, passei a dividir todos os meus conhecimentos de viagem com mais e mais pessoas que todos os dias aparecem precisando de ajuda. Foi assim que surgiu o livro do Quero Viajar Mais.
Quero sempre fornecer dicas e informações visando incentivar viajantes a encarar suas aventuras como meio de adquirir cultura e melhorar sua qualidade de vida, sempre buscando alternativas para as melhores viagens com os menores custos.
Além disso, mostrar para o mundo que não é necessário desistir de seus desejos, pois com disciplina e conhecimento é possível se programar e viajar para qualquer lugar.
Um grande abraço,
Guilherme Tetamanti
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