Se o turismo na África para você é somente fazer safári pelas savanas e se os países africanos na sua são todos pobres e sem atrativos, saiba que você tem muito a descobrir sobre a África. Em seus mais de 30 milhões de km², o continente conta com uma grande diversidade de paisagens, etnias, cultura e costumes, além da situação econômica.
Infelizmente, a questão econômica ainda é um grande problema no continente que é o 3º mais extenso do mundo e o 2º mais populoso. Dos 30 países considerados mais pobres do mundo, há 21 da África que, hoje, tem 54 países independentes.
Já em termos turísticos, é claro que os safáris são bem famosos, afinal são atrativos encontrados em vários países da África e que atraem viajantes de todo o mundo, mas o continente tem muito mais a oferecer aos viajantes. São lindas paisagens, interação com a natureza selvagem, ecoturismo, costumes culturais, cidades cosmopolitas e cheias de arranha céus e lugares diferentes que você nem pode imaginar.
Quer saber mais sobre o turismo na África? Leia este artigo e veja quais são os posts deste blog de viagem sobre os países mais visitados no continente e os principais pontos turísticos de cada um deles.
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*Fonte: Wikipedia.
África do Sul, Angola, Argélia, Benin, Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, Chade, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Guiné Equatorial, Egito, Eritréia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Ilhas Comores, Lesoto, Libéria, Líbia, Madagáscar, Maláui, Mali, Marrocos, Mauritânia, Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, República Centro-Africana, Ruanda, República Democrática do Congo (Ex-Zaire), Saara Ocidental, São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
O continente africano é dividido em regiões de acordo com a localização de seus países: Setentrional, Ocidental, Oriental, Central e Meridional.
É cortado pela Linha do Equador, pelo Meridiano de Greenwich e pelos trópicos de Câncer e Capricórnio. E, dentro de cada uma dessas divisões, há diversas paisagens diferentes, culturas, etnias, costumes únicos de cada tribo existente por lá.
Além disso, muitos países tem influência, desde o idioma até os costumes, trazidos pelos países europeus que exploraram a região por muitos anos.
É que a África sempre foi bem diferente da Europa, em tudo que listei acima, mas também nas riquezas naturais encontradas em vários países. E isso, despertou o interesse e a cobiça dos europeus que chegaram lá no século XV.
Já no século XIX, por volta de 1884, as grandes potências europeias dividiram e tomaram posse da África, tornando a população escrava, vendidos inclusive para o Brasil, explorando as pedras preciosas e outras riquezas naturais. Os países africanos se declaram independentes após a 2ª Guerra Mundial, mas isso ocorreu de fato entre 1960 e 1975.
Aos poucos, as pessoas começaram a ver a África como um lugar com cultura e paisagens interessantes e, com isso surgiu o interesse turístico pelo continente. Assim, a quantidade de viajante está sempre crescendo e há sempre alguém descobrindo um novo lugar fantástico para conhecer.
A África do Sul já foi conhecida pela triste história do Apartheid, um regime de segregação racial que beneficiou a minoria branca, enquanto tirava direitos, prendia e matava a população negra.
Mas, hoje, ela também é conhecida pelas suas belezas naturais, opções de safáris, esportes radicais, rica gastronomia, ótimos vinhos, e muito mais.
Além disso, o país é conhecido por sua diversidade de culturas, idiomas e crenças religiosas, o que enriquece ainda mais o turismo na África do Sul.
Parte dessa popularidade vem da Copa do Mundo de 2010, que mostrou o quanto o país é lindo e organizado para receber viajantes de todo o mundo. E é isso que vem acontecendo cada vez mais.
As cidades mais famosas e quem são paradas obrigatórias na África do Sul são Cape Town (ou Cidade do Cabo) e Joanesburgo, além do safári em Kruger Park.
A capital e maior cidade da África do Sul, Joanesburgo não tem tantos atrativos turísticos comparados com Cape Town, mas é interessante de ver como a grande cidade funciona. Você ainda pode conhecer Soweto, o maior bairro do mundo, e ir no Museu do Apartheid.
Já Cape Town tem uma lista enorme de opções de passeios para quem curte atividades ao ar livre como a Montanha da Mesa (que parece mesmo uma mesa); a praia Boulders Beach; a Robben Island, onde o líder negro Nelson Mandela ficou preso durante anos; e ainda o Cabo da Boa Esperança, o ponto mais ao sul da África.
O safári no Kruger Park é uma experiência indescritível e não é à toa que o mais conhecido dos safáris. Outros pontos turísticos são os museus e as praias de Durban; os esportes ao ar livre em Chintsa e Coffee Bay; além da praia de Jeffreys Bay, famoso pico de surfe mundial; e da Route Garden, roteiro de 200 quilômetros que passa por lagos, colinas, praias, florestas.
O Egito é um grande exemplo das diferenças culturais entre os países africanos. Povoado por uma das civilizações mais antigas do mundo, que cultuavam os faraós, os gatos, diversas divindades e ainda construíam pirâmides para ser a última morada dos seus chefes supremos, o Egito atrai muitos viajantes de todo o mundo curiosos sobre os costumes antigos e também sobre a construção das belas pirâmides.
Por isso, Cairo, a capital do Egito é o principal destino turístico do país. A cidade, por si só já é bem caótica e soma-se a isso os milhares de viajantes o ano inteiro para aumentar ainda mais o caos. Mas, vale a pena enfrentar a “bagunça” para conhecer sua história e, claro, as Pirâmides de Gizé, além das antiguidades do Museu do Cairo.
Outra cidade imperdível no Egito é Aswan, mais ao sul do país. De lá você pode visitar os mais belos e populares templos do país, além de fazer passeios de barco pelo rio Nilo. Um dos templos mais impressionantes é Abu Simbel, que fica próximo à fronteira com o Sudão; e também o Templo de Philae, retirado do seu local de origem e realocado na Ilha Agilkia.
Mais um destino muito procurado no país e importantíssimo para a história do Egito é Luxor, onde está o complexo de Karnak,o magnífico Vale dos Reis, local onde tumbas foram construídas para os faraós e poderosos nobres do Império Novo egípcio, e ainda o Templo de Hórus. Há ainda outros destinos como o Mar Vermelho e a península de Sinai.
Diferente de todas as paisagens citadas acima, e também abaixo, está a Namíbia. É que no país, está um dos desertos mais secos do mundo, o Sossusvter.
E passear por ele, traz diferentes sensações ao viajantes. É claro que ver aquelas dunas de areia dourada que chegam a até 380 metros de altura é maravilhoso, mas ver aquela imensidão sem fim de areia, sem ninguém, com fósseis de árvores e num clima sufocante também é uma experiência que mexe com todo mundo.
Na Namíbia também está o segundo maior cânion do mundo, o Fish River Cânion, com seus gigantescos paredões de pedra, sem vegetação e, talvez, sem outros viajantes para te acompanhar.
Por outro lado, no vários açudes que se formam, há muitos animais. E, por isso, o safári na Namíbia é muito conhecido, sobretudo pelo Etosha National Park.
O Quênia mistura a agitação de sua grande e cosmopolita capital, Nairóbi, com a tranquilidade das reservas florestais e dos montes espalhados pelo país.
Nairóbi é um grande atrativo turístico do país, uma vez que possui grandes edifícios, muitas lojas, shoppings, mercados, restaurantes e uma vida bem agitada.
Mas, se você quiser fugir dessa agitação pode fazer trekking no Monte Quênia, que é o 2º mais alto da África, passear pela Reserva Florestal Karura ou ainda conhecer o David Sheldrick Wildlife Trust, um centro de resgate e reabilitação de mamíferos, focado em proteger, cuidar e reintegrar elefantes e rinocerontes à vida selvagem.
Ruanda possui uma lista miscigenada de atrativos turísticos: gorilas, vulcões, montes, florestas, lagos e animais de grande porte. São tantas atrações que parece difícil escolher o que ver.
Para começar, vamos nos mais famosos. Para quem gosta de aventura, pode conhecer o pico mais alto de Ruanda, o Monte Karisimbi, com mais de 4,5 mil metros de altitude.
Esse pico era um vulcão que hoje está inativo. E, por falar em vulcões, o Parque Nacional dos Vulcões, abriga nada menos do que 8 desses picos que ficam nas Montanhas Viruga.
Essa região é coberta por uma floresta e é o local onde moram muitos gorilas. Por conta disso, as montanhas são conhecidas como Montanhas dos Gorilas. Já para ver elefantes e hipopótamos, além de outros animais de grande porte, você deve conhecer o Parque Nacional de Akagera.
A Suazilândia é um pequeno país entre Moçambique e a África do Sul. E, apesar de não estar entre os destinos mais procurados no continente por viajantes brasileiros, é um lugar sensacional com planaltos cobertos por savanas e pastagens, cheio de rios e cachoeiras.
Por isso, as paisagens e os safáris são os atrativos mais interessantes do local. Um dos mais famosos parques do país é a Reserva Mantenga, onde fica a Mantenga Cultural Village, uma aldeia onde o visitante pode conhecer um pouco das tradições antigas da etnia Swazi.
Outra reserva da região que vale a pena conhecer é o Parque Nacional Hlane Royal, um dos três maiores parques do país, e um ótimo local para se observar os rinocerontes-brancos, leões, leopardos e elefantes.
O país ainda tem a Reserva de Animais Mbuluzi onde é possível ver animais como girafas, macacos, zebras, gnus, impalas; a Reserva Natural Malolotja, que tem mais de 200 quilômetros de trilhas, cachoeiras, com paisagens que impressionam.
A Tanzânia foi colônia da Alemanha e também da Inglaterra e teve sua história marcada pela escravidão. Embora isso ainda esteja marcado no país, o foco hoje são as belezas naturais que fazem da Tanzânia um dos destinos mais procurados na África.
No país há grandes parques de fauna silvestre como o Parque Nacional do Serengeti, onde está a famosa Ngorongoro Crater, e o Parque Nacional Lake Manyara, único por seus leões que escalam árvores.
Um ótima opção de safári é em Serengeti e em Zanzibar, a principal ilha da Tanzânia, ver animais como golfinhos, tartarugas gigantes e também uma espécie de macacos bastante tranquilos.
Para quem gosta de aventura, o ponto turístico mais interessante da Tanzânia é o Monte Kilimanjaro, o mais alto da África e com fama de ser um dos trekkings mais bonitos do mundo. Ele tem 6 mil metros de altitude e fica próximo à fronteira com o Quênia. Menos famoso, mas bem bonito o Monte Meru também é procurado por amantes da natureza.
A África é um continente gigante e com uma lista ainda mais gigante de atrativos turísticos nos seus 54 países. Por isso, conhecer toda a África é uma tarefa bem difícil, mas um desafio super empolgante uma vez que seja lá o que você escolher conhecer, tenho certeza, será surpreendente e apaixonante.
Além desses países e pontos turísticos citados no artigo, ainda há muito o que se ver na África. Acredito que muita gente tem vontade de ver a Alameda de Baobás em Madagascar ou as igrejas escavadas em rocha na Etiópia. Ou ainda as cataratas Victória Falls na fronteira da Zâmbia com o Zimbábue e muitas outras paisagens.
Não sei se conseguirei e, se conseguir, quanto tempo demorará para explorar a África por completo. Mas tem algo que eu já sei: o continente é um destino fantástico, rico em paisagens e cultura e que não merecia ter passado por todo sofrimento que passou e ainda passa.
