Roraima
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O turismo em Roraima tem a natureza como seu grande atrativo. Isso porque, a maior parte do seu território é coberta por rios e pela Floresta Amazônica, já a menor que fica na fronteira com a Venezuela e a Guiana é cheia de serras e montes. Por isso, o ecoturismo é ponto forte do turismo em Roraima.
Além da natureza, Roraima tem algumas particularidades: é o estado mais setentrional (ao norte) do Brasil, é cortado pela Linha do Equador e sua capital, Boa Vista, é a única do Brasil que fica no Hemisfério Norte. Fora isso, é o estado menos populoso, só tem 15 municípios e fica bem isolado.
Assim, viajar por Roraima é como explorar uma área ainda nova do Brasil, com a maior parte da Floresta Amazônica intacta e protegida, além de outras áreas de conservação, dos rios, montes e da cultura que misturou costumes e tradições indígenas com o dos exploradores ingleses e holandeses e ainda com os dos colonizadores portugueses.
Quer saber mais sobre o turismo em Roraima? Veja neste artigo os principais pontos turísticos do estado.
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Roraima tem 224 mil km², sendo um pouco maior que a Bielorrúsia. E quase 46% do seu território (aproximadamente 104 mil km²) são áreas indígenas. É o segundo estado com maior quantidade de áreas protegidas o que, junto a baixa densidade populacional, faz com que Roraima tenha muito mais áreas verdes preservadas. O que por si só já faz o estado ganhar pontos e despertar o interesse turístico.
Localizada bem no norte do Brasil, faz divisa com o Pará e o Amazonas e ainda na fronteira com Venezuela e Guiana. Na parte da fronteira tem muitas serras e monte e na parte da divisa com os outros estados brasileiros, fica na faixa da Amazônia legal (que inclui 9 estados). Por lá o clima é úmido e chove muito. Porém, faz calor em todo o estado o ano inteiro.
Quando os colonizadores portugueses chegaram a Roraima pelo Rio Branco, o principal do estado, além das várias etnias indígenas, havia muitos holandeses e ingleses que haviam invadido o território para escravizar os índios e procurar minérios. O local também chegou a ser invadido por espanhóis, sempre a procura de riquezas naturais.
O nome Roraima tem origem indígena e tem como inspiração o segundo monte mais alto do Brasil. É que Roraima é uma contração das palavras indígenas roro, que significa verde, e imã, que significa monte. Assim, o pico recebeu o nome de Monte Roraima, assim como o estado.
Com o estado sendo cortado pela imaginária Linha do Equador, todas as cidades que ficam acima da linha estão no Hemisfério Norte, como a capital, Boa Vista. Quem está no Hemisfério Norte, por exemplo, tem as estações do ano ao contrário de quem está no Hemisfério Sul. Enquanto em dezembro é verão em São Paulo, é inverno por lá.
Não que isso influencie a temperatura, já que cidades próximas a Linha do Equador costumam ser quentes o ano todo, mas é uma questão curiosa e até divertida. E por falar em temperatura, Boa Vista é bem quente mesmo. Por isso, se resolver passear a pé pela cidade, que tem arquitetura propícia para isso, não esqueça de levar água.
Boa vista fica às margens do Rio Branco. E, para aproveitar bem essa vista, foi construída em formato de leque, onde todas as saem tem origem em um ponto, o Centro Cívico. Esse formato lembra um pouco as ruas de Paris. Além disso, as ruas são largas e bem arborizadas (por isso convidam para passeios a pé).
Entre os pontos turísticos da cidade estão o centro histórico com seus casarões antigos; a catedral Cristo Redentor; o Palácio Senador Hélio Campos, que faz parte dos prédios administrativos; o Monumento aos Pioneiros; e a Orla Taumanan, que circunda o Rio Branco com pistas e playgrounds; além do Parque Anauã e das áreas de praia na beira do rio.
Roraima possui sete áreas de conservação com há áreas de floresta, rios, lagos, montes e serra. A mais famosa é o Parque Nacional do Monte Roraima, na Serra do Pacaraíma, onde fica o Monte Roraima. Ele é o ponto mais alto do estado e um dos mais altos do país com aproximadamente 2,7 mil metros de altitude. O parque foi criado em 1989.
Também em Pacaraíma, há o sítio arqueológico Pedra Pintada, onde foram encontradas pinturas rupestres com mais de 4 mil anos, pedaços de cerâmica, pontas de machados, entre outros artefatos. Já a Serra do Tepequém, em Amajari, é famosa pelos amantes de trekking, que percorrem a serra para encontrar cachoeiras como a do Paiva, de Sobral, do Barata e do Funil.
Nesta serra há ainda um platô onde dá para ver as montanhas que marcam a fronteira do Brasil com a Venezuela. Quem visita a região do Amajari ainda pode ver os artesanatos com pedra sabão e os diamantes encontrados por lá. Outros atrativos são o Monte Caburaí, que fica 70 quilômetros mais ao norte que o Oiapoque; o Lago Caracaramã, em Normandia, que tem 6 quilômetros e as margens são uma grande praia para a população.
Estar no ponto mais setentrional do Brasil e ter uma densidade populacional baixa, ajudaram a preservar as riquezas de Roraima que, cada vez mais, tem atraído os olhares e curiosidade dos viajantes.
Espero que o crescimento do turismo por lá ajude no desenvolvimento, mas não resulte na perda dessa essência intocada e preservada do estado, que é fantástica.