Laos
Comece por aqui
a planejar sua viagem para o Laos
Laos! Confesso que é um tanto difícil começar a escrever sobre um país que tenho tanto pra falar, mas sei que pouca gente terá a curiosidade de ler. Afinal, quantos brasileiros algum dia na vida se interessaram em trocar uma viagem para a Europa ou Estados Unidos e resolveram encarar uma aventura no Laos, na Ásia?
Apesar de difícil, me dá um grande prazer ajudar quem pretende viajar para o “patinho feio” do sudeste asiático. Peraí, você pode perguntar, mas porque chamar de “patinho feio” um país que recebia poucos milhares de visitantes por ano na década de 1990 e hoje em dia recebe mais de 1 milhão?
É que por estar no meio de destinos cobiçados como Vietnã, Tailândia e Camboja, além do fato de ter aberto suas portas tardiamente para o turismo, o Laos acabou tendo menos destaque. Mas, para tirar essa impressão e mostrar o quão fantástico é o país, este artigo tem tudo sobre o turismo no Laos.
Planeje sua viagem => Como usar chip de internet no Laos
Seguro viagem mais indicado para o Laos »
O Laos é um dos países que mais gostei de explorar, como disse numa entrevista para a TV contando sobre minha volta ao mundo. É verdade que ainda há poucas que cidades oferecem boa infraestrutura para o turismo, caso da capital Vientiane e da charmosa Luang Prabang.
Parte desse encanto vem da colonização francesa, que durou de 1893 a 1954, e deixou um vasto acervo arquitetônico que se mantém preservado nas lindas fachadas e ruas de paralelepípedo, além do idioma. Laos também exibe com orgulho suas raízes comunistas, flamulando bandeiras vermelhas ao redor do país.
Porém, isso trouxe consequências graves durante a Guerra do Vietnã, quando os Estados Unidos atacaram também o Laos. Fora os ataques focados para eliminar o governo comunista, os aviões norte americanos que voltavam carregados dos ataques ao Vietnã, despejaram dois milhões de toneladas de explosivos em áreas rurais do Laos, para pousar com segurança nos porta-aviões.
O resultado disso foi catastrófico, pois mesmo após 40 anos do fim da guerra, TODOS OS DIAS ainda acontecem acidentes por causa de artefatos enterrados no solo. Camponeses trabalhando ou até mesmo crianças que imaginam ter achado um brinquedo, são mutilados e até mesmo mortos devido à detonação involuntária das bombas.
Tive a chance de viajar quase por três semanas no Laos e conhecer pessoas, lugares, cavernas e cidades inteiras que sofreram muito com essa situação. Confira agora todos os artigos relacionados ao Laos.
O Laos é um dos únicos países do Sudeste Asiático que não possui fronteiras litorâneas, ou seja, está cercado de terra por todos lados. Não é por isso que é impossível curtir praias, pois existem as praias de rio em Nong Khiaw e Don Det.
Apesar de ter me divertido muito durante minha viagem pelo Laos, a história desse pequeno país é bem triste, pois foi a região mais bombardeada da história da humanidade, devido às disputas entre Vietnã e Estados Unidos durante a 2ª Guerra Mundial.
Durante o planejamento da viagem, uma de minhas dúvidas era como viajar para o Laos, se existiam aeroportos, se as linhas de ônibus eram boas. Enfim, se havia boa estrutura para o turismo.
Descobri na prática que viajar não é fácil, muito menos confortável, ao menos que alugue um carro ou compre uma moto, pratica bastante comum. Empresas como a Stray Travel facilitam a vida do viajante!
Como sempre é a melhor maneira para viajar, ainda mais com um sistema de transporte no Laos tão precário. Existem poucos aeroportos internacionais no Laos, mas servem as principais regiões.
Luang Prabang e Vientiane são as principais cidades do Laos, portanto existem voos diários entre os dois aeroportos, além de conexões com os países vizinhos. Os principais são Pakse, Vientiane, Luang Prabang e Savannakhet. Veja as companhias aéreas que voam para o Laos:
Uma maneira diferente para chegar no Laos, é o trem noturno entre Bangkok e Vientiane, cidade que fica bem na fronteira com a Tailândia. Os trens tailandeses são uma maneira prática e econômica para viajar, pois além de serem baratos, é possível dormir no trem e economizar uma noite de hospedagem.
Se você precisar cruzar a fronteiro por terra, uma das opções é pela Tailândia, pela cidade de Chiang Khong.
Fazer uma viagem de ônibus usando esse tipo de transporte no Laos é um grande teste de paciência. As estradas são horríveis, os motoristas colocam música alta e uma viagem de poucos quilômetros pode durar horas.
Se optar por essa alternativa, prefira os ônibus VIPs, que são mais confortáveis e seguros. Para viagens noturnas, minha dica são os ônibus dormitório, bastante comuns no sudeste asiático. Quando for comprar o ticket, assegure-se do assento que irá comprar, para evitar surpresas desagradáveis.
Para aproveitar o espaço e vender mais passagens, muitas vezes eles dividem uma “cama” em duas. Se estiver sozinho, solicite uma cama sem essa divisão ou pague um pouco a mais para ir sozinho.
Existem várias linhas entre Luang Prabang, Vientiane e Vang Vieng, os principais destinos turísticos.
Bom, modéstia à parte, acho difícil encontrar algum brasileiro que viajou tanto pelo Laos e que publicou sobre a viagem, então, quase impossível. Apenas aproveitei a chance que tive de viajar com a Stray Travel e fiz todos os seus roteiros, estive em lugares que apenas turistas que fazem um tour guiado tem a chance de ir.
Confesso que fiquei triste ao ver de perto uma história tão sofrida, mas tive também um imensa satisfação de conhecer gente que mesmo tendo um passado difícil, consegue com muito pouco ser feliz. Antes de começar a falar sobre as atrações do Laos, recomendo ler os artigos gerais sobre a Ásia.
São eles, o post sobre as monções asiáticas, explicando qual a melhor época para viajar para a Ásia, outro uma sugestão de roteiro de viagem no Sudeste Asiático.
Luang Prabang é a cidade mais famosa e visitada do Laos, tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e também a capital cultural e espiritual, onde existem mais de 60 templos budistas.
Uma característica bastante peculiar, que me encantou logo de cara, foi a chegada na cidade, em barcos de madeira que descem o rio Mekong.
Imagine um vilarejo com apenas uma rua, poucas pousadas e restaurantes. Pois é, aparentemente nada que possa interessar aos turistas. Porém, saiba que os quartos de algumas pousadas têm uma linda vista para o rio, um dos restaurantes é o melhor indiano que já comi e os turistas ficam encantados com os moradores locais.
Desde o primeiro mochilão que fiz pela Europa em 2006, já sabia que os brasileiros são muito bem recebidos por todos os cantos. Acho que por nossa natureza latina, mais toda a mistura maluca que historicamente moldou esse instinto coletivo de buscar por diversão, as portas foram se abrindo mundo afora…quem não quer gente feliz e alegre por perto???
A admiração pelo povo brasileiro é evidente e senti isso na pele ainda mais durante a volta ao mundo. Fui muito bem recebido em todos os cantos e as pessoas sempre curiosas para saber um pouco mais sobre o Brasil.
Às vezes, fiquei até sem graça, pois contava minhas histórias, curiosidades sobre nosso país e saia do papo sem saber muito da outra pessoa…tinha que me policiar para mudar o rumo da conversa, afinal também queria absorver um pouco de cada cultura.
A situação que mais me marcou foi durante um dia de tubing e pescaria em Nong Khiaw, uma das cidades mais inóspitas do Laos (Kkkkkk, quase tudo é bem isolado por lá).
O tubing nada mais é que um passeio pelo rio flutuando numa bóia feita com câmara de pneus. Estava eu lá, tranquilão com meus amigos descendo a corredeira do rio, quando começo a escutar bem de longe, cada vez mais forte, uma voz gritando descontroladamente: “Brasiiiiiiil, Brasiiiiiiil”.
Sinceramente não sabia muito sobre o Laos quando cheguei ao país. Geralmente gosto de pesquisar sobre o destino, mas queria mesmo me surpreender. Como de costume, vestia minha camisa amarela da seleção, o que chamou a atenção do garoto dono dos poderosos gritos.
Fui nadando até a margem para encontrá-lo, mas ele parecia não acreditar. Imagina um moleque de uns 15 anos de idade pulando em cima de mim, como se eu fosse o maior astro da seleção? Enfim, todo o grupo que estava comigo parou e resolvemos fazer nossa pescaria ali mesmo.
O garoto falava um inglês incrível e em poucos minutos descobri de onde vinha sua paixão pelo Brasil. O futebol é um esporte muito popular no Laos, o que já explica todo seu fanatismo pela seleção brasileira. Ele sabia de tudo…os jogadores, nossos títulos e até o nome de algumas cidades do país…incrível como muitos Americanos e Europeus ainda pensam que nossa capital é Buenos Aires.
O fim de tarde foi incrível, com a comida pescada na hora, muitas doses de Lao Lao (uma pinga de arroz muuuuuuito popular), brincadeiras de criança e papo sobre futebol.
Voltei de barco para o hotel, que aliás era bem simples mas tinha uma vista sensacional, ainda curtindo a experiência que acabara de viver. Eu ali naquele lugar no meio do nada, onde tudo parece ter parado no tempo, aprendendo com um garoto lições simples sobre como seguir em frente sem precisar do consumismo desenfreado para ser feliz.
A noite foi de festa, afinal eram nossos últimos momentos naquele lugar encantador. Teve fogueira, mais uma vez muuuuuita Lao Lao e um violão. O garoto claro estava lá, insistindo para eu ficar mais um dia e jogar em seu time numa competição local. Mal sabe ele que iria acabar com o jogo prejudicar o time…kkkkk. Infelizmente não pude ficar, pois tive que acompanhar o grupo.
O garoto ainda parecia impressionado, como se eu fosse um ser de outro planeta. De fato era, pois era o primeiro brasileiro que ele via por alí. Fiquei tão contente com tudo que havia acontecido, que resolvi presentea-lo com minha camisa do Brasil.
Ele parecia não acreditar, mas ainda não foi suficiente. No final, nos despedimos e fui surpreendido com um pedido final: “Ei moço, posso ver seu RG???”. Mostrei meu passaporte e cada um seguiu seu caminho, felizes da vida.
Um dos destinos laosianos mais conhecidos ao redor do mundo, ganhou fama devido às festas que acontecem em bares na beira do rio. Imagine descer corredeira abaixo utilizando boias para ir de bar em bar!
Pois é, o tubing em Vang Vieng se tornou a principal atração. Leia o artigo completo sobre Vang Vieng, a cidade mais louca dos países da Ásia.
Phonsavan é uma pequena cidade rural localizada na região onde quase tudo gira em torno da histórica 2ª Guerra Mundial. Plain of Jars, por exemplo, é um local sagrado para a população do Laos, pois além de serem construções datadas de 2000 a.C, as pedras em formato de jarra ficaram quase que intactas após os constantes bombardeios dos Estados Unidos.
Plain of Jars é um local sagrado para a população do Laos, localizado na cidade de Phonsavan. Além de serem construções provavelmente de 2000 a.c, as pedras em formato de jarra, ficaram quase que intactas após os constantes bombardeios dos Estados Unidos durante a 2ª Guerra Mundial.
Sim, a briga foi com o Vietnã, mas os aviões soltavam as bombas em território Lao quando não encontravam o alvo principal, para voltar em segurança para os porta-aviões.
A área foi o local mais bombardeado em toda a história da humanidade, com milhões e milhões de toneladas de explosivos lançados no território do Laos. Devido aos artefatos que não explodiram, ainda acontecem cerca de 300 acidentes todos os anos.
Porém, as áreas turísticas, que mostram as atrocidades que aconteceram entre 1964 e 1973, são completamente seguras aos turistas, pois foram rastreadas para eliminar o risco de explosões. Conheça mais sobre a MAG e o projeto para eliminar o perigo no Laos.
No caminho de volta para Phonsavan, uma das atividades previstas no roteiro da Stray Travel, é conhecer a fábrica de colheres do Mr. Xieng Pheng. Um sujeito simpático, sorridente e que sofreu na pele as atrocidades da guerra. Muitos de seus familiares sofreram acidentes com explosivos que foram detonados devido aos trabalhos na lavoura.
É uma triste realidade, gente coletando alumínio das bombas para fabricar colheres, facas e outros materiais. O mais triste é saber que os Estados Unidos gastam mais dinheiro tentando encontrar os ossos de seus combatentes, do que ajudando a população do Laos que ainda sobre com os constantes acidentes que ocorrem em Plain of Jars.
Uma das cidades mais importantes para contar a história recente do Laos é Vieng Xai, que foi onde o governo comunista e parte da população conseguiu se esconder em cavernas que serviram de proteção dos constantes ataques americanos.
Um dos lugares mais interessantes que tive a chance de conhecer, que são verdadeiros quartéis generais construídos debaixo da terra.
Devido à geografia da região, composta por formações rochosas que formam centenas de cavernas, parte da população, incluindo exército e governo, conseguiu se proteger das mais de 70 milhões de bombas lançadas entre 1964 e 1973.
Isso gera problemas até hoje, pois cerca de 10% das bombas não explodiram no lançamento e continuam causando mortes por aqui, com cerca de 300 acidentes por ano.
Na mesma noite que conheci as cavernas e a história da guerra, fui convidado por nosso guia local para uma confraternização. O guia, apresentou nosso grupo aos soldados que fazem o trabalho de identificação e detonamento controlado das bombas ainda presentes no país.
Foi um dia extremamente cansativo pela viagem e horas passadas no ônibus, mas conhecer a verdadeira história desse país, seu povo tão cativante e feliz, mesmo com uma história recente de tanta tristeza e crueldade, me motivam cada vez mais a viajar e conhecer a realidade do mundo onde vivemos.
Em várias estradas do Laos é possível ver uma placa laranja, como nas fotos acima, indicando alguma atração turística.
No vilarejo conhecido como Ban Tao Hin, local sem nenhuma infra-estrutura para o turismo, há uma dessas placas indicando a Keohintang Trail, trilha de 6 km que leva ao Hintang Archaeological Park, conjunto de pedras que foram deixadas de pé, com pelo menos 1.500 anos de história.
O local foi nominado como Patrimônio Mundial pela Unesco e serviu de túmulo para a população local.
Paz, essa é a palavra para definir Don Det, a principal vila da região conhecida como 4000 Islands, na fronteira do Laos com o Camboja.
Como foi meu último destino no país antes de seguir para o próximo, é na minha opinião o melhor lugar para descansar depois de dias viajando pelas cansativas estradas do Laos, pois suas praias de rio, cachoeiras e total isolamento da civilização, trazem uma incrível sensação de paz e tranquilidade para quem decide passar alguns dias por aqui durante uma viagem na Ásia.
Além de relaxar na rede de um dos bares às margens do rio, curtir a praia é a melhor opção para quem precisa descansar alguns dias para continuar viagem.
Também é possível alugar bicicletas para explorar as cachoeiras, sair a procura de golfinhos ou ainda descer as corredeiras do rio, atividade conhecida como Tubing e bastante famosa em todo o país.
A vila de Don Det é um lugar bem simples e a maioria dos hotéis são na verdade cabanas nas margens dos rios. Existem vários níveis de conforto e os preços começam em 30.000 rips, mas com uma vista dessas, não me importaria com conforto nenhum.
Vieng Thong é uma cidadezinha no nordeste do Laos, com aproximadamente 3500 habitantes, que realmente parece ter parado no tempo. O turismo é raro por aqui.
Luz elétrica acaba frequentemente, principalmente durante a estação seca, pois é produzida por pequenas usinas hidrelétricas que ficam com capacidade bastante reduzida devido ao pequeno fluxo de água nos rios.
A alimentação também é difícil, pois existem pouquíssimos restaurantes que oferecem um cardápio bem simples: fried noodles, fried rice e noodles soup. Isso é a base da dieta da população, arroz e miojo, misturados com vegetais, frango, ovo ou carne vermelha.
Apesar da dificuldade de encontrar luxo, é confortante saber que mesmo um país que foi atacado pelos Estados Unidos durante a 2 guerra mundial por milhares de bombas, muitas delas ainda ativas causando centenas de acidentes por ano, ainda consegue cativar os turistas com suas belezas.
Ver crianças brincando na rua, soltas, sem as brincadeiras modernas que adoecem jovens no mundo inteiro. Pessoas vivendo com um ritmo de vida gostoso, sem aquela pressa desesperada de chegar em casa e conseguir relaxar. Sem essa, aqui não se vive assim. Tomara que consiga levar um pouco disso para minha vida maluca de cidade grande.
O turismo em Vieng Thong mostra bastante da história que envolve a 2ª Guerra Mundial. Porém, também existem coisas para comemorar nessa parte do país, como o parque de águas termais.
Após uma caminhada de uns 30 minutos a partir do hotel, chegamos no parque (Nam Et National Protected Area). É preciso pagar uma taxa simbólica de 5.000 Rips, menos de 1 dólar, para entrar no parque.
A água é tão quente, que nosso guia levou alguns ovos para cozinhar. Para quem quiser, também é possível tomar banho num espaço reservado para isso, bastante utilizado por moradores.
Das 4:30 as 6:00 da manhã, vale a pena acordar para conhecer o mercado de arroz. É o alimento base da dieta local e conhecer a troca entre os comerciantes é parte do passeio para conhecer a cultura local. Eles utilizam o arroz como moeda de troca mesmo, por qualquer tipo de mercadoria.
Ter a chance de fazer a rota em um tradicional barco de madeira, conhecer as incríveis formações rochosas e terminar o dia nadando nas águas cristalinas do rio, foi provavelmente um dos meus dias preferidos durante minha viagem pelo Laos.
Na pequena Tham Kong Lor há um rio subterrâneo de 7 quilômetros que interliga duas vilas no Laos, e historicamente foi importante rota para troca de mercadorias, pois atravessa uma grande montanha.
Confesso que a ideia de atravessar uma caverna é um pouco aterrorizante, mas na prática o passeio é bem tranquilo. Um barquinho a motor leva os turistas para o outro lado da montanha, com algumas paradas no caminho para conhecer as formações de pedra, a parte mais interessante do passeio.
Do outro lado não existe nada, apenas algumas barraquinhas vendendo bebidas e salgados. Na volta, um banho nas águas cristalinas da lagoa é a melhor pedida.
Dentro do meu roteiro de viagem pelo Laos, conheci ainda o município Xe Champhone onde as maiores atrações turísticas são o templo budista e a floresta dos macacos.
Na cidade, participei de uma cerimônia budista em que os habitantes da vila desejam sorte aos viajantes até que voltem para casa. Eles ainda distribuem fitinhas da sorte e Lao Lao, aguardente característica do país.
Na cerimônia, que deseja sorte aos viajantes até que voltem para casa, participam várias pessoas da vila, que distribuem fitinhas da sorte e Lao Lao, aguardente característica do país. A noite termina com uma tradicional refeição Lao. Uma experiência incrível que mostrou bastante das tradições e cultura do país.
A noite termina com uma tradicional refeição Lao. Uma experiência incrível que mostrou bastante das tradições e cultura do país.
Na manhã seguinte, acordei bem cedo para visitar o templo e a floresta dos macacos. Todo o grupo, com cachos de bananas nas mãos, se despediu da vila e seguiu rumo ao templo.
São dezenas de macacos que se dividem em dois grupos, que nos cercaram para conseguir a refeição mais fácil do dia. Atravessamos o rio para chegar ao ônibus que nos esperava para o próximo destino no Laos, onde tomei banho com elefantes.
TadLo é uma vila localizada a 2 horas de Pakse, uma das principais cidades do Laos. É um lugar incrível para relaxar e viver alguns dias de sossego. Tomar banho de rio, fazer caminhadas e curtir o por do sol são as únicas atividades por aqui. Vai por mim, se estiver planejando uma viagem no Laos, inclua TadLo em seu roteiro de viagem.
Não é tão fácil encontrar os melhores pontos de interesse sem um guia local, pouca gente fala inglês e não sei existem centros de informações turísticas.
Um dos guias da Stray Travel, que faz um ótimo trabalho e conhece bastante sobre o país, recomendou um banho de rio no dia em que partimos, antes de pegar estrada. Na margem do rio, há um hotel que cuida de três elefantes, o TadLo Lodge.
Todos os dias, perto das 7 da manhã, os elefantes tomam banho no rio. Estava ali, ao lado deles, com receio e medo de receber um pisão, me machucar. Os bichos são tão inteligentes e conscientes, que pareciam medir os passos quando estavam por perto, a apenas 1 metro de distância.
Pakse é uma das principais cidades do Laos, possui aeroporto que faz conexão com Vientiane, capital do país, e outros importantes destinos turísticos do sudeste asiático.
Apesar de ser uma cidade relativamente grande, recomendo visitar algumas atrações em seus arredores, como o antigo templo Khmer de Wat Phou e a cachoeira Tad Fane, com 120 metros de altura.
Khmer Rouge ou Khmer Vermelho foi o nome dado aos seguidores do partido comunista do Camboja, dominante entre 1975 e 1979. Essa organização foi responsável pelo genocídio de milhares de pessoas, motivados por suas políticas de engenharia social.
Apesar de todo o sofrimento das populações do Laos e Camboja durante o Khmer Rouge, o regime também deixou algumas belezas para a nação. É o caso do Wat Phou, templo declarado como Patrimônio Mundial da Unesco em 2001.
Visitar as ruínas e sentir toda sua energia, me fizeram refletir sobre como tive sorte durante a vida, sem problemas, sem sofrimento, apenas com a chance de viver em paz.
A melhor atração para quem estiver nos arredores de Pakse, é conhecer a Tad Fane, uma das maiores cachoeiras do sudeste asiático, com 120 metros de altura. Como diz a placa, “Não chegue perto do topo da cachoeira”, mas a curiosidade da galera foi maior.
Aproveite para fazer uma refeição no restaurante na entrada do parque e relaxar. O sanduíche de frango e bananas caramelizadas servidas como cortesia, já valem o passeio.
Sinceramente não sei se algum dia voltarei ao Laos, mas certamente faria a viagem exatamente igual, com mais dias em Luang Prabang. A cidade é um encanto, com restaurantes e bares na beira do rio, além da feira noturna, onde se encontra artesanato local e barraquinhas de comida típica. Tenho saudades disso!