Como é fazer um passeio city tour em Foz do Iguaçu?

Habitantes de mais de 80 nacionalidades escolheram Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, para viver. Em um universo de 260 mil moradores, é como se cada grupo de três mil pessoas fosse de uma região diferente do mundo! Dá para acreditar? E tantas culturas assim em um único lugar só poderia dar nisso: um destino turístico no Brasil incrível! Por isso, além das visitas tradicionais você deve fazer um city tour em Foz do Iguaçu para conhecer mais de perto tudo isso.

Já não bastasse toda a localização privilegiada, o município oferece, além das atrações naturais, alguns cantinhos especiais. Dois destinos na minha opinião merecem ficar no seu topo na lista de prioridades: o primeiro é o Parque das Aves. E o segundo, é claro, o Parque Nacional das Cataratas. Porém, nesse artigo mostrarei como é fazer um city tour em Foz do Iguaçu. Confira!

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O que ver na cidade de Foz do Iguaçu

Ainda impressionada com as belezas naturais de Foz do Iguaçu, fui descobrir o que o ambiente urbano tem a oferecer por meio do city tour. A primeira coisa que você deve ter em mente é que Foz do Iguaçu é uma cidade limpa e bem organizada. Infelizmente, tive pouco contato com os moradores, mas pude perceber, através da equipe do Hotel Tarobá e dos receptivos, que eles são bem acolhedores e hospitaleiros.

A segunda informação que você precisa saber é que os principais pontos turísticos da cidade ficam bem afastados uns dos outros. Por isso, é fundamental que você contrate uma agência especializada, compre tickets do ônibus sightseeing ou mesmo organize um roteiro de transporte público.

No meu city tour, passei por três atrações turísticas em Foz do Iguaçu: o Templo Budista, a Mesquita Islâmica e o Marco das Três Fronteiras. Confira cada uma das experiências!

1) Como visitar o Templo Budista em Foz do Iguaçu?

Esse espaço fica localizado na área mais alta de Foz do Iguaçu. A ideia é justamente essa: oferecer uma vista privilegiada, longe do barulho e da agitação do centro da cidade.

Com pouco mais de 10 anos de existência, o local tem entrada gratuita e fica aberto de terça à domingo, das 9h30 às 16h30. Em um espaço de 50 hectares, ele é considerado um dos maiores destinados à contemplação budista no nosso continente.

Logo na entrada, você encontrará um fotógrafo que tira uma foto sua “sem compromisso”, na saída ele vai tentar lhe vender a foto, claro! Depois, você terá acesso à ampla área gramada e muitas estátuas de buda. Uma de sete metros de altura com o buda sentado sorrindo dá as boas-vindas aos visitantes, em seguida, são outras 120 douradas. Todas elas parecem iguais, entretanto, têm significados diferentes, pois cada uma representa a reencarnação de buda em lugares diferentes da terra.

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No finalzinho desse pátio, tem outra estátua maior de 10 metros. Ela tem a cor escura e é a mais protegida de todas, pois tem umas espécies de leões de concreto nas laterais e fitas de isolamento, com aviso para os turistas não se aproximarem.

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O santuário Ksitigarbha fica bem ao lado. É um prédio, cuja arquitetura é típica do Oriente, tipo aqueles pagodes, com muitas beiradas voltadas para cima. Você pode fotografa-lo do lado de fora, mas não por dentro. Por isso, a experiência de entrar no templo, é única. Internamente, mais esculturas de vários budas e mensagens de inspiração escritas por pessoas de todas as idades.

Do outro lado do templo, tem uma imagem do buda deitado em posição do nirvana. Ao redor da área central, eu vi quatro estátuas grandes de seres iluminados, segundo a filosofia budista. Para completar, há uma loja com lembrancinhas e artigos temáticos.

O templo budista de Foz do Iguaçu vale a pena ser visitado, porém tenho uma consideração a fazer: não existe informação alguma sobre o espaço in loco. Para o turista que quer muito mais do que tirar belas fotos, o lugar não oferece qualquer tipo de esclarecimento ou explicação sobre as estátuas ou filosofia budista. Esse para mim foi o lado menos positivo do city tour, pois apesar de bonito, calmo, não recebe bem os visitantes.

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2) O que ver na Mesquita Islâmica em Foz do Iguaçu?

Bem diferente é a Mesquita Islâmica, com visita guiada grátis em horários marcados, é uma imersão cultural que vale muito a pena fazer. Além do templo ser uma obra de arte, tive uma boa oportunidade de rever os meus conceitos a respeito de outra religião.

Construída em uma área de mais de 1.200m², em um bairro de maioria libanesa, a Omar Ibn Al-Khatab está aberta para os visitantes em geral. A primeira regra é que as mulheres devem colocar um véu, que é oferecido gratuitamente logo na entrada. As pernas de ambos os sexos também devem estar cobertas.

Depois disso, uma muçulmana fez uma explicação rápida sobre o espaço, cuja arquitetura foi inspirada no segundo maior centro sagrado do Islamismo, a mesquita Al Akssa, em Jerusalém. Cheia de arabescos e figuras geométricas em tons de azuis, a parte interna arredondada dela é simplesmente maravilhosa.

Uma televisão fixada no alto faz a transmissão ao vivo do ritual muçulmano que acontece 24h por dia em Meca, a cidade sagrada.

A parte central da mesquita não pode ser acessada, mas é possível conferir tudo a uma distância pequena, a exemplo dos tapetes que demarcam o lugar de oblação e também uma espécie de altar, onde fica o líder local.

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Do lado fora, duas torres compõem a arquitetura do lugar e, historicamente, fazem alusão ao hábito de convocar os fiéis por meio de sinos para realizar as cinco orações diárias.

A senhora que deu a explicação era muito simpática e acessível, depois que o grupo maior saiu, ainda ficou batendo um papo mais informal conosco sobre a sua religião. Um privilégio.

O horário de funcionamento do templo é de segunda à sexta-feira, das 9h às 11h30 e das 14h às 17h30, aos sábados é das 9h às 11h30. Fique atento, porque aos domingos e feriados, o espaço não é aberto.

No artigo sobre a gastronomia em Foz do Iguaçu, também falo sobre uma doceria que fica bem ao lado da mesquita e agregou bastante valor para mim nessa imersão cultural árabe.

3) Marco das Três Fronteiras

Oito quilômetros à frente, a van me deixou no Marco das Três Fronteiras. O nome já diz tudo: é o encontro do Brasil, Paraguai e Argentina. Mais do que isso, é também a união do afluente Iguaçu que deságua no rio Paraná. Diferente dos outros dois passeios do city tour, esse é pago. A entrada custa R$ 18,00 inteira, ou meia para quem tem direito.

Agende => Passeio para o Marco das Três Fronteiras

A cenografia do parque refaz a arquitetura dos povoados indígenas, criados por jesuítas. Tudo em tons de barro. Os pontos altos da visita são: o farol nas cores da bandeira do Brasil, que fica no meio de uma fonte com cortina de água; e o mirante de onde é possível ver os outros dois faróis das nações vizinhas.

Nessa área, há uma placa indicativa sobre a direção da Argentina, do Paraguai e do Brasil. O espaço tem ainda uma pequena praça de alimentação, com lanchonetes, restaurante e playground para a criançada.

Infelizmente, não fiquei para ver o pôr do sol, que dizem ser muito bonito, mas deu tempo de conhecer o Memorial Cabeza de Vaca, cujas projeções contam a história da Tríplice Fronteira.

Dicas para o city tour em Foz do Iguaçu

• Antes de visitar o Templo Budista, leia sobre o espaço para poder entender o significado da filosofia. No local, não há indicações de nada;
• Arrume um tempinho para sentar na grama e observar de cima a cidade de Foz e um pedacinho do Paraguai;
• Consulte a temperatura da cidade, pois no dia que fui estava bem quente. Visite o Templo Budista primeiro, pois lá não vende água ou lanche;
• Faça da Mesquita sua segunda parada. Consulta na portaria qual é o horário mais próximo da visita guiada e não perca por nada!
• Lembre-se das roupas mais compostas e não se preocupe com a cabeça, pois eles oferecem gratuitamente um véu;
• Na saída, passe na loja de doces árabes que fica bem em frente à mesquita. Não tenha medo de experimentar! São ótimos!
• Aproveite para deixar o Marco das Três Fronteiras para o final da tarde. Lá tem praça de alimentação e restaurante.

E você, já fez um city tour por Foz do Iguaçu? Conte sua experiência aqui nos comentários!

Até + !!!

Pollyana Batista viajou a convite da Combo Iguassu, com apoio do Hotel Tarobá Foz. A viagem foi patrocinada, mas as opiniões aqui publicadas são de livre expressão do autor.